Capítulo 708
Depois do incidente, Isabella ainda cuidou de sua mãe, fazendo curativos nas feridas e alugou sua própria casa para elas por um preço acessível, alegando que era de um amigo para não causar constrangimento.
No passado, Rafael Costa não perdia a chance de atormentá-la, acusando-a de faltar ao trabalho sem motivo e de plágio. Mas Isabella sempre intervinha em sua defesa, esclarecia os fatos e restabelecia sua honra.
Isabella também a incentivou a participar do Concurso Nacional de Design de Moda, atuando como sua assistente e acompanhando-a na superação de diversos desafios.
Se não fosse por Isabella, ela ainda estaria por aí, desenhando anonimamente e vivendo uma vida humilde e sem reconhecimento.
“Sou muito grata a você”, disse Emília com sinceridade. “Foi maravilhoso te conhecer.”
Ninguém sabia que ela agradecia a Zaira, do juri, pensando que se referia apenas a uma amiga.
Isabella retribuiu o olhar com ainda mais ternura, pensando que não havia necessidade de agradecimentos.
Depois que Emília terminou seu discurso de agradecimento e os outros dois também falaram, a terceira etapa do concurso começou rapidamente.
Seis modelos subiram ao palco com o mesmo tipo de saia e as seis concorrentes que avançaram para a terceira fase tiveram que transformar essas saias lá mesmo em criações incríveis sem tirá-las das modelos.
Para Emília, isso era muito fácil. Com várias ideias em mente, ela começou a tra a saia imediatamente.
Oliver Neves ofereceu a Isabella os petiscos fornecidos pelos organizadores e, ve ela não comia, deu-lhe alguns lanches que trouxera escondidos, todos do sabor qu gostava. Até fez questão de preparar um café especial para ela.
“O café é meu, experimente para ver se está bom.”
Isabella não esperava que seu irmão trouxesse grãos de café…
Ela provou e, com um aceno de cabeça, aprovou: “Está delicioso.”
“Eu tenho mais no carro, levarei um um pouco para você mais tarde “, disse Oliver Neves com os olhos fixos no palco.
“Sim”, concordou Isabella, sem tirar os olhos do palco, percebendo que Emília começava a desacelerar, como se enfrentasse algum problema.
Tem algo errado com a Emília”, notou Oliver Neves. Embora ela estivesse de costas para
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a plateia, trabalhando atentamente na roupa da modelo, suas mãos hesitavam com frequência.
A modélo à frente de Emília percebeu seu desconforto e perguntou baixinho: “Você está bem?”
“Estou”, respondeu Emília, sem entender o motivo da dor crescente em seu estômago, já que não comera nem bebido nada desde o backstage. Será que o café da manhã não caiu bem?
“Sua cara está pálida.”
Não só a cor do rosto, mas também os lábios estavam ficando cada vez mais pálidos.
“Quer que eu fale com o apresentador?”, sugeriu a modelo.
“Não é necessário”, recusou Emília, que tinha lutado para chegar à terceira rodada e não queria desistir agora, invalidando todo o seu esforço anterior.
Ela poderia suportar ser alvo de zombarias, mas agora representava seu país.
Dos participantes brasileiros que começaram o concurso com ela, apenas Emília restava. A modelo viu como Emília mordeu o lábio e tentou continuar, sentindo pena dela.
Ao notar a expressão da modelo, Isabella percebeu que Emília não estava se sentindo bem e tentava lidar com isso.
“Devo pedir para a equipe verificar?”, perguntou Oliver Neves em voz baixa.
“Não precisa, ela sabe o que faz.”
Essa era a competição dela, e a decisão de parar ou continuar, e quando fazer isso, cabia somente a ela.
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