Capítulo 690
Enquanto dirigia, Vicente deu uma olhada no espelho retrovisor e não resistiu a perguntar: “Sr. Célio, devemos levar a Sra. Isabella para casa primeiro ou…”
Célio disse: “Para casa.”
Isabella interrompeu: “Escola.”
Os dois falaram juntos e se olharam.
“Ainda não investigamos as identidades e motivações daquelas pessoas. Se você for para a escola, estará colocando em perigo seus colegas ao seu redor.” – Célio argumentou sério. “É melhor ficar comigo, eu posso protegê-la.”
Isabella retrucou com um muxoxo: Quem estava protegendo quem agora mesmo?
“Não temos nenhuma informação útil até agora…”, Célio olhou para Vicente no banco do
motorista.
“Mas assim que conseguirmos colocar as mãos neles, mesmo que sejam mudos, terão que falar…”, Vicente respondeu.
“Eu descobri algo” – disse Isabella, deslizando seus dedos finos pelo seu smartphone e invadindo o sistema de um site de recompensas. Rapidamente, ela encontrou o endereço IP do autor da postagem. “A mensagem foi postada ontem à noite às onze horas no Morro do Sol Nascente, com uma recompensa de cinquenta milhões.”
Ela não esperava que sua alcunha, chefão, valesse tão pouco…
Vicente arregalou os olhos, incrédulo ao olhar para o retrovisor.
A Sra. Isabella tinha descoberto isso tão rápido?
Quanto tempo havia passado?
Menos de um minuto?
Célio olhou para a menina com um brilho mais intenso em seus olhos, impressionado com a habilidade dela que só parecia aumentar.
“Morro do Sol Nascente fica na fronteira entre Cidade da Folha e Cidade Ventoso, cidades vizinhas. Geralmente, ninguém vai lá para escalar ou passear, pois a montanha é ingreme, com uma inclinação de 90 graus, sem nenhum ponto de apoio, e não há vigilância por lá.”
“Há três estradas por onde passam carros que cruzaram o Morro do Sol Nascente após as onze horas, totalizando onze veículos.”
“Rastreei esses onze carros e todos tinham trajetórias normais, sem tentativas de evitar as câmeras.”
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Isabella tocou a tela do seu telefone novamente, ampliando a imagem da câmera de segurança: “Mas olha isso, entre os onze carros, havia um caminhão grande que, ao passar por baixo da Ponte Costa com um Toyota vindo em direção oposta, saiu de lá com um Mercedes a mais.”
Ou seja, depois que o caminhão e o Toyota passaram por baixo da ponte, um Mercedes apareceu do nada.
De onde veio esse Mercedes?
“Então, você suspeita que o Mercedes saiu de dentro do caminhão? Que tanto o caminhão quanto o Mercedes estão envolvidos?” – Célio olhou para a menina ao seu
lado.
“Exato.” – Isabella continuou a pesquisar e descobriu que o caminhão foi para uma Estação de Reciclagem de Sucata e então explodiu repentinamente.
Ela também rastreou o Mercedes, que passou pela Ponte Rio e desapareceu silenciosamente no Lago Oeste.
Para onde teriam fugido os ocupantes do carro?
Isabella continuou sua busca por um tempo, enquanto Célio observava o perfil concentrado dela, não conseguindo conter um sorriso satisfeito.
Sua menina era realmente linda.
“O motorista do caminhão morreu, deixando uma carta de suicídio, dizendo que devia muito dinheiro e não queria mais viver, que tinha se imolado. Fora ele, não havia mais ninguém no caminhão.”
Isabella compartilhou as informações que encontrou: “E sobre o Mercedes, o motori estava bêbado, bateu na mureta e caiu no Lago Oeste. Quando o carro foi retirado no seguinte, tanto ele quanto o veículo estavam destruídos, mas…”
“Mas o quê?” – Célio perguntou novamente.
“O Mercedes estava dirigindo normalmente… Em nenhum momento parecia que o motorista estava bêbado…” – Isabella ficou pensativa por um momento, até que de repente percebeu que havia negligenciado algo e começou a procurar no seu celular.
“Encontrou alguma pista?”
“Hum, nós ignoramos aquele Toyota, e se eu não estiver errado, essa van e o Mercedes foram ilusões criadas pelos mentores dessa trama, com o propósito de nos confundir e desviar nosso raciocínio. Na verdade, o foco deveria estar naquele Toyota. Se minhas suspeitas estiverem corretas, o indivíduo com a recompensa deve estar dentro daquele Toyota!”
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