Capítulo 610
Num belo dia, Mauro Franco convidou com um sorriso nos lábios: “Que tal vir jogar umas partidas de xadrez com vovô e vovó em breve?”
Isabella respondeu docilmente: “Claro.”
Sr. Abel, com um sorriso amigável, tentou amenizar a situação: “Quem diria que al pequena Isabella se deixaria enganar, caindo numa armadilha… Ainda bem que o jogo de xadrez acabou chegando às mãos da senhora mesmo que por outro remetente, mas a intenção foi boa.”
Célio ficou sério e pensou: Isso era necessário?
“As intenções variam conforme a pessoa que as tem.” Célio falou calmamente. “Esse presente foi uma cortesia de Isabella como nora para a avó, diferente de se fosse mandado pela Sra. Serra, tem uma diferença fundamental.”
O sorriso de Sr. Abel congelou por um momento, mas logo voltou a sorrir, concordando.
Célio virou-se para Jacinta. “A Sra. Serra ainda não se desculpou oficialmente com minha noiva.”
Jacinta ficou confusa.
Desculpas???
“Célio continuou: “A Sra. Serra foi agressiva e indelicada mais cedo, minha noiva é tímida, você a assustou.”
Ao ouvir isso, Jacinta ficou chateada!
Isabella timida??
Ela não parecia ter medo de nada!
Apoiada pela Família Franco, agia como se fosse dona do mundo, sem limites!
Claramente arrogante, e ainda tinham a audácia de dizer que ela era tímida…
A defesa não poderia ser mais óbvia!
Mas afinal, estavam na casa da Família Franco, e Sr. Abel criticou de forma artificial: “Jacinta, não é que eu queira criticar você, mas você mal interpretou as boas intenções da Sra. Isabella… ainda não se desculpou.”
“…” Jacinta, embora resistente, não tinha escolha após as palavras do avô e forçou um pedido de desculpas: “Me desculpe, eu estava errada antes.”
Independente de Isabella perdoar ou não, Sr. Abel rapidamente mudou de assunto: “Sra. Isabella é generosa e certamente não levará isso a sério, mas você deve sempre lembrar
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de pensar antes de agir, considerando sua posição e status.”
Jacinta fingiu concordar obedientemente: “Sim, seguirei os ensinamentos do avô.”
“Esta
bem, já está tarde, melhor vocês irem descansar.” Gisele deu um sinal para que se retirassem, não querendo ver mais aquelas caras.
Mauro Franco levantou-se ainda sorrindo e aconselhou: “Pense no que seu avô disse quando chegar em casa. Os mais velhos têm mais experiência do que você imagina, e os jovens devem aprender a ser prudentes.”
A mensagem tinha três partes.
A primeira era uma insatisfação com as atitudes de Jacinta.
A segunda era um lembrete para Jacinta ser mais respeitosa com Isabella, agora protegida pela Família Franco.
A terceira era um aviso de que os mais velhos são mais espertos e não devem ser provocados; caso contrário, a Família Franco poderia fazer a Família Serra sofrer as consequências.
Jacinta não esperava que Mauro Franco protegesse tanto Isabella e baixou a cabeça, admitindo seu erro: “Obrigada, avo Franco, pela orientação, eu realmente fui desrespeitosa.”
Sr. Abel, rindo, disse: “Peço desculpas, nossa unica neta foi muito mimada!”
Ele pretendia suavizar a situação com um sorriso, mas Mauro Franco olhou para ele de forma mais fria do que antes.
“Também temos apenas uma nora e ela não cresceu mimada ou arrogante; é honesta, mas isso faz com que as pessoas tirem proveito dela. Vou ter que conversar com ela sobre isso. Talvez você também devesse ensinar melhor a sua neta enquanto é tempo.”
“Não se dê ao trabalho de nos visitar!” A declaração final de Mauro Franco deixou os membros da Família Serra sem reação no lugar.
Era uma recepção completamente diferente da calorosa acolhida inicial.
Ricardo, rapidamente, esticou com ambas as mãos um tabuleiro de xadrez falso, “Sr. Abel, Sra. Serra, por favor, sigam-me…”