Capítulo 595
Sentado à frente, Vicente escutava com clareza o som dos beijos deles. Desta vez, não havía angústia nem tormento, pelo contrário, sentia uma satisfação como a de uma mãe orgulhosa…
Seu Célio finalmente ouviu as palavras que tanto esperava…
Por alguma razão desconhecida, ele sentiu vontade de chorar…
“Pronto, pode soltar.”
Célio beijou ela por um bom tempo antes de parar, olhando pra ela com carinho, “Eu também gosto muito de você, muito mesmo.”
Gostava tanto que desejava entregar ela tudo o que tinha para fazer ela feliz.
Gostava tanto que queria estar com ela 24 horas por dia, sempre ao seu lado.
Gostava tanto que cada expressão dela, cada palavra, ficava gravada em seu coração.
Gostava tanto que não tolerava que ela falasse bem de outra pessoa.
Gostava tanto que não conseguia se controlar como se tivesse se transformado em outra pessoa…
“Olha, Seu Célio… Já que a Dona Isabella disse que gosta de você, essa história de ir para a África, não dá para mandar outra pessoa, hein?” Vicente interrompeu inoportunamente. A expressão de Célio esfriou novamente, “Dirija seu carro.”
Já era muito não ter mandado ele encostar, será que ainda havia esperanças?
Vicente conduzia em silêncio, pensando que Dona Isabella realmente tinha poder sobre o coração de Seu Célio…
Os inimigos de Seu Célio que morram de inveja, pois todos os seus planos e artimanhas não valiam tanto quanto uma palavra de Dona Isabella…
Depois ele teria que conversar com Dona Isabella sobre essa viagem à Africa; ele não poderia ir, senão ficaria com a pele igual a carvão…
“Como você está se adaptando ao treinamento militar? Alguém te incomodou?” Célio perguntou, segurando o rosto de Isabella, “Se você se sentir ofendida, tem que me contar imediatamente.”
“Fique tranquilo, está tudo bem.”
Afinal, quem ousaria incomodar ela em todo o Brasil…
Célio acariciava seu rosto limpo e puro; apesar do sol forte do verão, ela não havia se
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bronzeado nem um pouco.
Será que ela tinha algum tipo de magia? Era como um enigma, sempre intrigante.
“Posso gravar o que você disse agora e fazer dissa o meu próximo presente? Pode ser?”
Isabella nunca tinha visto alguém pedir um presente dessa maneira e perguntou, não conseguindo conter um sorriso, “É tão simples assim o presente que você quer?”
“Sim, uma palavra sua me deixa feliz por um bom tempo.”
Ele não precisava de presentes materiais, apenas de ouvir que ela gostava dele, e isso já era o suficiente para percorrer toda a galáxia por ela.
“Certo.” Isabella concordou prontamente, provocando mais beijos de Célio…
Ele sempre ficava assim, feliz com tão pouco..
Finalmente chegaram em casa, Vicente estacionou o carro e abriu a porta para eles.
Célio saiu do carro com Isabella nos braços e caminhou em direção à porta da mansão, continuando a beijar ela…
Vicente viu Seu Célio encostar Dona Isabella na porta e beijá-la demoradamente, depois usar a biometria para entrar, seguindo com os beijos lá dentro.
Vicente não pôde evitar de pensar como os jovens de hoje em dia são…
Ele ainda refletia sobre isso quando seu celular tocou, “O quê? Esse assunto urgente, por que não avisou antes… Seu Célio agora… de qualquer forma, você chegou tarde!”
Do outro lado da linha, a pessoa estava confusa, “Como assim chegou tarde, Seu Célio… ele já se foi?”
“Deixe de besteira! Quem poderia fazer algo com Seu Célio?”
Mas se tivesse que escolher alguém, com certeza seria Dona Isabella…
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