Capítulo 522
Naquele momento, Isabela lançou um olhar para Leno Abreu, como se dissesse: “Vovó adorou, disse que você foi muito atencioso.”
Leno Abreu sorriu satisfeito.
“Vou pegar o bolo, vocês conversem um pouco.” Isabela lavou as mãos e tirou o bolo da
caixa.
O bolo tinha uma aparência encantadora, com um círculo de pêssegos rodeando uma senhora idosa com um sorriso acolhedor, além de várias frutas como decoração, e as palavras “saúde e longevidade” escritas por cima.
Leno Abreu havia se levantado antes do amanhecer para fazer o bolo, com a orientação de vários confeiteiros, utilizando muitos ingredientes…
Finalmente, havia conseguido fazer algo que se parecia com o esperado.
Mas Eloá não sabia disso e, com um sorriso radiante, perguntou: “Isabela, foi você quem fez isso? Está tão lindo!”
Ela sabia que sua preciosa neta sabia fazer sobremesas.
Mas Isabela sorriu levemente: “Este ano não fui eu quem fez.”
Ela não conseguiria fazer algo desse nível.
Todo o esforço e carinho de Leno Abreu por Eloá estava ali, naquele bolo.
“Já podemos acender as velas?”
Isabela colocou o número 70 em cima do bolo e Leno Abreu apressou-se a dizer: “Deixa comigo, deixa comigo! Eu tenho um isqueiro.”
Vendo ele tirar um isqueiro do bolso, Eloá ficou surpresa: “Eu lembro que você não fumava, não é?”
“É…”
Só porque Eloá havia dito uma vez que não gostava do cheiro de cigarro, Leno Abreu não tocou num cigarro novamente por muitos anos.
Ele mentiu calmamente: “Isabela me pediu para comprar um lá embaixo.”
Eloá olhou para o isqueiro, uma marca que não se encontrava em qualquer loja de conveniência…
Leno Abreu, sempre atento, notou o olhar dela e rapidamente acrescentou: “Mas eu achei que não encontraria lá embaixo, então peguei emprestado com um dos meus funcionários.”
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Então era isso.
Eloá descartou suas suspeitas.
Isabela sabia que Leno Abreu havia comprado o isqueiro especialmente para aquele momento de acender as velas.
“Vou fechar as cortinas.”
À luz das velas, Leno Abreu espiou secretamente o rosto radiante de Eloá, o rosto que ele havia ansiado por décadas, e hoje finalmente tinha um motivo legítimo para vê-lo.
Quando o marido de Eloá estava vivo, ele se encontrava com ela sob o pretexto de negócios e, com sorte, conseguiu até vê-la.
Mas desde que o marido de Eloá faleceu, e ele foi ao funeral, então não era mais apropriado encontrar ela sozinho.
Sem vê-là há anos, a elegância inata de Eloá fazia ela parecer ainda mais feminina.
Lágrimas brilhavam nos olhos de Leno Abreu; se não fosse por Isabela, ele teria que continuar enviando seus votos de longe para essa mulher…
“Faça um pedido!” Depois de cantarem, Leno Abreu olhou para ela com ternura.
Eloá fechou os olhos, fez um pedido e soprou as velas.
Entre aplausos, Eloá cortou o bolo em várias fatias.
“Você só pode provar um pouquinho.” Isabela a lembrou.
“Tudo bem, tudo bem… Só de provar um pouco, já pedaço.
astou satisfeita!” Eloá provou um
“Está gostoso?” Leno Abreu perguntou ansiosamente.
“Delicioso! Não está muito doce, está na medida certa…”
“Então vou provar também.” Leno Abreu deu uma mordida e perguntou preocupado: “Como você tem se sentido recentemente? Tem alguma coisa te incomodando?”
“Estou muito melhor, amanhã Isabela vai operar meus olhos.”
“Você pode confiar na habilidade médica dela, amanhã você vai fechar os olhos e, quando abrir eles, a cirurgia já terá terminado
“Kkk, é o que eu espero…”
“Vovó, depois da cirurgia amanhã, você vai ficar bem! Aí poderá sair com mais frequência.”
“Que bom, já estou há meses nessa cama de hospital, já estou até mofando.”
Os três conversaram e riram até que Eloá se cansou, e então Isabela e Leno Abreu se
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despediram e partiram juntos.
*Se não fosse por você hoje, eu iria me arrepender para toda a vida…” Leno Abreu deu um tapinha no ombro de Isabella, elogiando ela: “Boa garota, obrigado pelo seu incentivo… Com essa experiência, posso morrer sem remorsos.”
“Risos…” Leno Abreu sorriu ao se lembrar de Wilson Dias e seu semblante esfriou um pouco, “Aquele ingrato tem importunado Eloá enquanto ela está doente?”
“Ele apareceu algumas vezes, mas as enfermeras mandaram ele embora. Houve vezes que não motaram ele, mas no final, a avó expulsou ele do quarto…”
“Estou vendo que eles não desistem. A cirurgia é amanhã, tomara que não façam nenhuma besteira…”
“Fique tranquilo, eu instalei câmeras de vigilância no quarto.”
“Kkk, assim fico mais aliviado!” Leno Abreu saiu do hospital com ela, “Vou até França resolver umas coisas e volto mais tarde. Quando a cirurgia da sua avó for bem-sucedida, vou poder respirar aliviado…”
Isabella sabia que ele queria estar ao lado da avó durante a cirurgia e assentiu com a cabeça: “Também vou ao escritório resolver algumas coisas, nos vemos amanhã.”
“Certo.”
Isabella entrou no carro e, pouco depois, recebeu uma ligação de Raul Fonseca.
Com um tom sereno, Isabella perguntou: “Quanto tempo falta? Quantos designers temos agora?”
“Um pouco mais de trinta, mas apenas seis já ganharam grandes prêmios!”
“Hm, esses seis, crie uma seção independente para eles no site oficial, como a Emília, que representa um estilo próprio, e lançamentos de novos modelos a qualquer momento.”
“Ótimo! Sem problema!” Raul Fonseca anotou (mediatamente e em seguida disse: “Ah, falando na Sra. Emilia… Ultimamente, muitos estão copiando as obras dela, Diretora Isabella, devemos intervir?”
Era mesmo necessário perguntar?
Isabella respondeu despreocupada: “Vamos prossessar eles um por um, até que fiquem com medo de continuar. Não se preocupe se no fim não ganharmos muito dinheiro. O importante é que todos saibam: se alguém se atrever a copiar as obras dos designers do Grupo Neves, será processado até ficar de cabeça para baixo! Eles também terão que pedir desculpas publicamente em suas contas oficiais até que ninguém mais tente copiar.”
“Sim, vou cuidar disso agora!”
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Capitulo 522
“Amanhã de manhã tenho um compromisso, então tente reagendar tudo importante para
hoje.”
Amanhã cedo, ela ainda teria que operar a avó
“Então eu adianto a reunião para hoje? Amanhã de manhã temos uma nova empresa querendo discutir uma parceria, eu também marco para hoje?”
“Hm, está bem.” Após terminar a ligação, Isabella continuou dirigindo.
Depois de um dia atarefado no escritório e de passar a noite cuidando de assuntos pessoais com Célio, finalmente, perto das duas da madrugada, ela conseguiu deitar para dormir. Pouco tempo depois, o celular começou a vibrar.
O som das vibrações, uma atrás da outra, destacava-se na quietude da noite, e não demorou muito para o sono leve de Isabella ser interrompido por esse barulho.
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