Capítulo 132
Sem ninguém por perto, Célio tornou-se ousado e não parava de incomodar Isabella.
Finalmente chegando à empresa, Isabella pôde respirar aliviada. Ao ver Raul Fonseca, ela deu ordens calmamente: “Chame o Luciano, do Departamento de Produção, e os supervisores das linhas quatro e cinco para o meu escritório.”
“Imediatamente,” respondeu Raul Fonseca, partindo para buscar as pessoas. Enquanto isso, vários funcionários da empresa começaram a fofocar.
Desde que Isabella assumiu o controle da empresa, aqueles convocados por ela certamente não teriam um bom fim!
Desta vez, ela havia mandado chamar Luciano, do Departamento de Produção, e os supervisores das linhas de produção…
Curiosos, alguns funcionários seguiram furtivamente os passos deles, ansiosos por descobrir se havia algum grande escândalo à vista.
“Diretora Isabella, a senhora nos chamou?”
Luciano, ao entrar, aparentava uns quarenta anos, esguio e com um ar de desnutrição, mas seus olhos astutos brilhavam com perspicácia.
Os outros dois supervisores pareciam nervosos, mas ainda assim forçaram um sorriso e saudaram, “Bom dia, Diretora Isabella.”
Isabella não perdeu tempo e jogou seu celular na mesa, dando play numa gravação.
“Gabriel, você é o supervisor da linha quatro, como pode desafiar minhas ordens? Você concorda ou não, as coisas têm que ser feitas do meu jeito…”
“O Rafael prejudicou vocês de alguma maneira este ano? Não está claro para vocês? Agora que a Diretora Isabella chegou, ela quer se meter em tudo. As linhas quatro e cinco têm que parar, e o estoque no armazém tem que ser esvaziado em dois dias, senão não se trata apenas de você e eu, até o Rafael vai ter problemas!”
Luciano e Gabriel Álvares, líder da linha quatro, empalideceram ao ouvir isso! Essas eram as palavras que trocaram no corredor, e agora estavam sendo reproduzidas claramente… Havería algum dispositivo de escuta nos corredores?
Ou será que Isabella estava mesmo escondida ouvindo na noite anterior?
“Diretora Isabella, isso é…” Luciano estava em choque, sem saber como se explicar.
Impossível!
Ele tinha certeza de que havia verificado as câmeras de segurança, ninguém havia
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entrado ou saido da empresa na noite anterior, e ele havia revisado a gravação minuto a minuto. Se alguém aparecesse, certamente teria sido gravado!
A menos que a pessoa fosse invisível!
Como mais poderia explicar isso?
Haveria mesmo um dispositivo de escuta?
“Não há necessidade de explicar agora,” disse Isabella, desinteressada, e iniciou outral gravação.
“Luciano, se a Diretora Isabella realmente visitou a empresa e sabe que estamos produzindo essas mercadorias, o que vamos fazer?”
“Pelo jeito que a Diretora Isabella está vasculhando, não vai demorar muito para todos os nossos segredos serem descobertos!”
“Será que vamos perder nossos empregos por causa disso?”
“Se a Diretora Isabella nos pegar no pulo, não é só perder o emprego, podemos até parar atrás das grades!”
“Se no caminho para o trabalho acontecer um acidente de carro ou outro incidente, não poderão culpar a gente… Só podemos dizer que ela teve azar.”
Luciano estava aterrorizado; a última frase era dele, e agora Isabella a estava tocando. bem na frente dele. Seu rosto ficou pálido, sem nenhum traço de cor, sentindo como se o céu estivesse desabando, seu fim estava próximo!
Os outros dois supervisores também ficaram paralisados de medo, mal conseguindo se manter de pé. Não podiam acreditar que as palavras ditas na noite anterior no armazém haviam sido gravadas integralmente!
Eles nem tinham chance de se defender.
Luciano percebeu que não estava enganado na noite passada. Havia mesmo o som de uma vibração de celular na sala de armazenamento!Mas quem poderia ser, e como fizeram isso?!
Eles reviraram o depósito de cabo a rabo, de dentro para fora, várias vezes. Nem sequer um mosquito poderia voar fora do alcance de seus olhares!
Como é que essa gravação acabou nas mãos deles?
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